Entre os índios Myky: a resistência de um povo

Em 1969 foi localizado um grupo de índios desconhecidos, na margem direita do rio Juruena, na altura do Paralelo 12, o Pe. Adalberto Holanda Pereira e Thomaz de Aquino Lisbôa resolveram contatá-los em missão calada: sem alarde nem sensacionalismo, pois qualquer publicidade comprometeria a tranquilidade necessária para a contatação. Como a própria direção da Missão não via por que abrir uma outra frente de trabalho, contaram com parcos recursos humanos e financeiros.
É sobre a narração destes momentos, que trata este diário de campo.

Thomaz de Aquino Lisbôa nasceu em Itapetininga-SP, em 1936. É o décimo segundo filho de uma família de quatorze irmãos. Tornou-se jesuíta para trabalhar entre os índios de Mato Grosso. Outros dois irmãos também se tornaram jesuítas: José Pedro e Paulo. Em 1962, chegou a Utiariti – internato indígena localizado no noroeste de Mato Grosso – ficando responsável por 35 meninos de 7 a 12 anos de idade pertencentes a diferentes povos indígenas da região. “Eu fui percebendo aos poucos essa ruptura entre a realidade vivida nas aldeias e a vida na Missão.” Com esta percepção, juntou-se a outros jesuítas para propor nova política de atuação missionária. Foi vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Atuou junto aos povos Rikbaktsa, Tapayuna, Nambikwara e Irantxe. Coordenou a equipe da Missão Anchieta que estabeleceu contato com os povos Myky (1971) e Enawenê-Nawê (1974). Em 1987, casou-se com uma jovem Myky, Njãkau. Teve um casal de filhos e seis netos. Morou na aldeia Japuíra do povo Myky, a 50 km de Brasnorte-MT.
Autor
Thomaz de Aquino Lisbôa
Ficha técnica:
Dimensões: 13,8 x 20,8
Páginas: 96
Acabamento: Brochura
Peso: 0.131 kg
Ano de publicação: 2018
ISBN: 978-85-8009-222-6