Enawenê -Nawê: Primeiros Contatos

A obra é muito mais do que um relato (diário de campo) do então missionário Thomáz, é um verdadeiro registro histórico sobre o contato e a convivência com os índios Enawenê-Nawê de Mato Grosso e sobretudo pela proposta de uma nova política de atuação missionária pela qual o autor lutou, onde as crianças deveriam ser criadas e educadas de acordo com suas culturas, por suas respectivas famílias e em suas próprias terras. Em 28 julho de 1974, dia oficial do contato pacífico, 97 pessoas compunham aquela sociedade. Hoje, mantendo espetacularmente sua cultura e dignidade, são em torno de 600 Enawenê-Nawê.

Thomaz de Aquino Lisbôa nasceu em Itapetininga-SP, em 1936. É o décimo segundo filho de uma família de quatorze irmãos. Tornou-se jesuíta para trabalhar entre os índios de Mato Grosso. Outros dois irmãos também se tornaram jesuítas: José Pedro e Paulo. Em 1962, chegou a Utiariti – internato indígena localizado no noroeste de Mato Grosso – ficando responsável por 35 meninos de 7 a 12 anos de idade pertencentes a diferentes povos indígenas da região. “Eu fui percebendo aos poucos essa ruptura entre a realidade vivida nas aldeias e a vida na Missão.” Com esta percepção, juntou-se a outros jesuítas para propor nova política de atuação missionária. Foi vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Atuou junto aos povos Rikbaktsa, Tapayuna, Nambikwara e Irantxe. Coordenou a equipe da Missão Anchieta que estabeleceu contato com os povos Myky (1971) e Enawenê-Nawê (1974). Em 1987, casou-se com uma jovem Myky, Njãkau. Teve um casal de filhos e seis netos. Morou na aldeia Japuíra do povo Myky, a 50 km de Brasnorte-MT.
Autor
Thomaz de Aquino Lisbôa
Ficha técnica:
Dimensões: 13,8 x 20,8
Páginas: 112
Acabamento: Brochura
Peso: 0.146 kg
Ano de publicação: 2010
ISBN: 978-85-8009-010-9
Preço: 34,90