
André Prous
André Prous, nascido na França em 1944, se formou sucessivamente em Letras, em História, e em História da Arte e Arqueologia na Universidade de Poitiers, onde também fez seu mestrado. Nesta mesma cidade cursou o Conservatório de música (canto, violão e alaúde) e estudou no Instituto de Musicologia da Universidade. Preparou o doutorado na Ecole Pratique des Hautes Etudes de Paris com A. Laming-Emperaire, defendendo sua tese na Sorbonne em 1974. Após participar da escavação de sítio tupiguarani de São Paulo com L. Pallestrini, foi convidado a lecionar pré-história na USP (onde ficou, no IPH e no Departamento de História, de 1971 a 1975). Ao mesmo tempo participava da Missão Arqueológica franco-brasileira Lagoa Santa, assistindo A. Emperaire. Além de pesquisar em Lagoa Santa, também estudava os sambaquis do litoral meridional brasileiro. Em 1976 foi convidado a montar um centro de arqueologia em Belo Horizonte, no Museu de História Natural da UFMG e passou a estudar sucessivamente a arqueologia do centro (Serra do Cipó) e do norte (vales dos rios Peruaçu, Cochá) do estado de Minas Gerais. Além de publicar estes trabalhos regionais, abordou de forma mais abrangente a tecnologia lítica e a arte rupestre. A partir de 2000, passou a estudar aspectos da arqueologia tupiguarani; em 2010, iniciou um projeto em terras indígenas na fronteira entre o Brasil e a Guiana. Além de mais de 210 publicações científicas no Brasil e no exterior, escreveu vários livros para um público mais amplo, tais como, O Brasil antes dos Brasileiros, Arte pré-histórica brasileira, Brasil Rupestre. Também é autor de livro didático, de filme e vídeos sobre arqueologia brasileira. Montou, junto com W. Neves, duas exposições na Oca do Parque Ibirapuera, em São Paulo, na oportunidade das festividades dos 500 anos.